segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Pessoas normais são estranhas...



Esse final de semana escutei algumas coisas sobre meu jeito de ser, e olhe que saí para lugares completamente diferentes...
E eu em todas perguntei: Nossa! Isso foi um elogio?
Ainda que eu duvide se foi um elogio ou não, para mim, foi. Sinceramente não acho que o comum seja tão atraente!
Não gosto de rótulos, não gosto de comparações, de coisas impostas... acho tudo isso um saco!
Temos 5 dedos em cada mão (pelo menos a maioria) e todos eles são diferentes, assim como as pessoas. Isso faz o mundo ser diversificado, isso faz as ideias se completarem, os pontos de vista serem analisados sob outros ângulos, outros olhares.

Lembro-me de uma história que ficava no mural da empresa em que eu trabalhava, era uma pesquisa científica realizadas com macaquinhos.

Os macacos estavam presos em uma jaula, no meio havia uma escada e sobre ela, um cacho de bananas. Quando um macaco subia na escada para pegar as bananas, os cientistas jogavam um jato de água fria nos que estavam no chão. Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros o pegavam e batiam muito nele. Com mais algum tempo, nenhum macaco subia mais a escada, apesar da tentação das bananas. Então os cientistas substituíram um dos macacos por um novo. A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, e logo foi retirado pelos outros que o surraram. Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo não mais subia a escada. Um segundo foi substituído e o mesmo ocorreu, tendo o primeiro substituto participado com entusiasmo da surra ao novato. Um terceiro foi trocado e o mesmo ocorreu. Um quarto e, afinal, o último dos veteranos foi substituído.
Os cientistas então ficaram com o grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um jato de banho frio, continuavam batendo naquele que tentasse pegar as bananas.
Se fosse possível perguntar a algum deles porque eles batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria: "Não sei, mas as coisas sempre foram assim por aqui".

Então... penso sobre isso!
Porque fazemos coisas iguais aos outros, se possuímos cérebro, vontades, e o mais importante: atitudes? Paradigmas...

Devo me vestir ou me portar igual a todo mundo só para não me julgarem? Não. Até porque não creio que me julguem mal, e se por acaso o fizerem, gostaria verdadeiramente de saber o motivo. É sempre bom analisar o que os outros tem a dizer...

O que penso, o que falo e o que faço não invade o espaço de ninguém, muito pelo contrário. Tento sempre me colocar nas mais diversas situações para poder entender melhor as pessoas, me sinto até como uma psicóloga em alguns casos (devo ter tido influências da mamãe)...
Minha educação foi completa, falo sobre caráter, personalidade e conhecimento. Tive pais presentes e que depositaram em mim muita confiança e responsabilidade sobre os meus atos, portanto, sabem exatamente que o que eu sou nada mais é do que uma pessoa que tem príncipios e que luta, de uma forma ou de outra, por eles. Mas sempre baseada na lei do próximo, sem machucar ninguém e muito menos, passar por cima de coisas e pessoas. Sou criada nos mais simples conceitos sobre a vida... simplicidade, honestidade e responsabilidade! Levo isso comigo sempre, no âmbito pessoal e profissional.

Meus cabelos coloridos ou não, não afetam os meus pensamentos.
As lentes dos meus óculos, diferentes ou não, veem as mesmas coisas que todo mundo vê (teoricamente).
Minhas roupas, diferentes ou não, me servem para frequentar lugares comuns.
Minha forma de falar e minha postura, diferentes ou não, me servem para lançar minha ideia sobre o mundo e sobre as pessoas.
Leio os mesmos livros que todo mundo lê, e absorvo o que me é convincente.
Sigo grandes pensadores, grandes autores, grandes pessoas. Mas tenho minhas teorias também, e essas, eu sigo mesmo.

Não sou uma pessoa que faz linha, que finge ser o que não é. Se falo sobre qualquer assunto, certamente é porque tenho propriedade para falar, caso contrário, fico calada e escuto (com atenção). Sou exatamente o que sou, e talvez isso deixe as pessoas intrigadas, visto que tantas se escondem atrás de coisas normais para parecerem de fato, normais. E agora eu pergunto, pra quê?

Odeio quem faz linha, odeio quem finge.
Nada do que falo é para parecer superior, muito menos para me exibir ou ser "aceita". Quem tá perto é porque gosta da cia, das ideias...
Felizmente, dentro da "cachola" tenho assuntos que variam de Pirâmide de Maslow até uma cachaça de doer. Sou mesmo versátil.

Ainda que pareça diferente, sou uma pessoa que gosta de coisas simples, não tenho nenhuma mania louca, não gosto de coisas erradas, não sou vegana (nada contra), não tomo meu xixi, ao contrário, tomo cerveja, tenho tpm, cólica, gosto de ficar em casa com minha família - meus amigos - ou sozinha, gosto de sair pra uma mega balada, de ir pra casa da tia receber cafuné e ficar de pernas pro ar, de ler um livro, de jogar video game, de rir, de fazer palhaçadas, de sair com sobrinhos, de brincar com minha cadela, de ver filme, de escrever, de estudar, de trabalhar... porra... o que me faz ser diferente então? Por favor...

Não tenho interesse em seguir caminhos trilhados, eu os faço. E fazer novos caminhos dá trabalho... mas eu gosto assim, fazer o quê?

Enfim...

Se o mundo se atém àquela coisa que aprendemos nas aulas de ciências da escola: nasce, cresce, reproduz e morre... eu prefiro ficar com as aulas de história, analisando todas as mudanças que o mundo passou, quem fez o quê, a sociedade, as pessoas, o socialismo, o capitalismo, e tudo mais!!!
Eu sou o que visto, o que falo, o que faço. Se sou diferente, ótimo. É bom saber que existem poucas pessoas como eu!!! Assim, me torno cada vez mais necessária, é a lei da oferta e da demanda, não é mesmo?!

É isso...

Se ser assim é ser alternativo, diferente... então VIVA, viva a sociedade alternativa! (Viva Raul...)


VMLS - Vanessa

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