domingo, 17 de julho de 2011

Pessoas autênticas são mais felizes, sim!



É fato que os autênticos não passam desapercebidos nos lugares que frequentam. De uma forma ou de outra o fato de ser quem é em qualquer ambiente nos torna bem notável!!!
Há os que gostam, e os que não gostam... mas, se bem me lembro, algum ditado por aí fala que não conseguimos agradar gregos e troianos!

Acredito que num mundo onde tudo é tão padronizado, fútil, superficial, o diferente no mínimo nos atrai. Seja por curiosidade, por interesse, ou simplesmente por fugir do comum.

Aliás, o comum ficou chato. Porque o comum agora é parecer com pessoas famosas ou padrões impostos pela mídia, e consequentemente, pela sociedade.
Quem não fizer um botox tá fora de moda, quem não vestir 38 também, a chapinha nunca foi tão procurada, e a Paris Hilton virou ícone.
Ser nova, rica, loira e me desculpem, vagabunda, virou moda e é "lindo".
Gastar turras de dinheiro com plásticas, faz você ficar no top 10.
Conversar sobre marcas de roupas, sobre bens e festas milionárias é muito interessante...
E drogas então? Doce, bala, pó... se não usar... não tem papo!
Porquê?

Meu Deus, quem vou culpar por essa grande massa pensar assim? Penso, penso, penso, e não tenho respostas...
Educação? Acho que não... conheço pessoas que frequentaram os melhores colégios, tiveram os melhores amigos, e mesmo assim... agem dessa forma.

Sinceramente, acho que isso é algo mais profundo... algo espiritual, talvez.
O fato é que pessoas diferentes não são diferentes, são simplesmente pessoas que não seguem tendências expostas pela mídia, e sim, pela alma.

Pessoas diferentes, são diferentes porque ousam. São diferentes, porque não ligam para as análises alheias. Simplesmente, escutam, e só...

Pessoas diferentes saem nas ruas vestindo o que querem, com cabelos escovados, ou não.
Com roupas de marca, ou não.
Com cabelos pintados, ou não.
Tudo isso vai depender do que seu espírito quer.
Se for se vestir igual, ótimo. Você pensa diferente mas ninguém vai perceber isso e te rotular, vibre.

Acredito que autenticidade anda de braços dados com a felicidade. E para ser autêntico, antes de tudo, tem que ser maduro.
Não falo sobre idades, conheços crianças lindas que desde cedo gostam de coisas diferentes...
Enquanto todos tocam violão, ele toca violino.
Enquanto todos jogam futebol, ele prefere desenhar.
Enquanto todos paqueram todas as menininhas da escola, ele prefere simplesmente paquerar uma delas.
Como acho lindo uma criança com personalidade...

Por isso que digo que amadurecimento nada tem a ver com idade. Pessoas assim, simplesmente gostam de coisas que fogem do padrão, só isso. E não tem medo do que os pais vão falar quando ele chegar em casa dizendo que não vai pra aula de futebol porque prefere desenhar os seus personagens favoritos...

Nem quando entrar na escola de música, dar de cara com a aula de violão, encontrar vários amiguinhos aprendendo esse instrumento, e sutilmente ele chegar para sua aula de violino, particular...

Da mesma forma, ele ganha beijinho da mãe todas as noites, gosta de comer chocolate e suja a roupa na escola. Mas não teme o opinião alheia, porque ele sabe o que o faz feliz.

Falando sobre isso, acabo de lembrar de uma cena de quando eu era pequena...
Aos 9 ou 10 anos, meu irmão mais velho foi procurar umas fitas de rádio no meu quarto para ouvir, e no meio de Xuxa e Balão Mágico, havia também Fagner, com Borbulhas de Amor e tudo mais...

Ele falou assim: - Menina, você tem gosto de velho.
E eu naquela época gostava das musiquinhas "comuns" para a minha idade, mas gostava também de ouvir Fagner... algum problema nisso?
Lembro que respondi exatamento isso: - Algum problema?
Ele olhou pra mim, pensou e balançando os ombros respondeu: não.

Que ótimo que eu não estava fazendo nada de errado gostando de Fagner... inclusive, lembro-me até hoje das "Praias bonitas do meu Ceará", das "Borbulhas de Amor", enquanto todas as crianças curtiam apenas "XOU DA XUXA" e correlatos, eu curtia também Fagner... e nunca tive problemas com isso...

É certo que minha mãe achava engraçado, mas ria pra mim com uma cara tão linda... colocávamos a fita no carro enquanto passeávamos, e cantávamos loucamente. Fagner, Elba, Marisa Monte...

Acontece que eu sempre tive meu espaço, e com ele, muito respeito. Porque eu fazia minhas obrigações, tirava boas notas na escola, lia, estudava, mas gostava de costurar, de fazer bijuterias para acalmar, e não por isso, esquecia das minhas Barbies (por sinal, minha barbie preferida tinha cabelos vermelhos e os pés não eram de salto, eram retos, e eu era a barbie mais baixinha, a Ariel da pequena sereia, inclusive esse era o meu nome fictício).

Eu fazia o que me dava prazer...

Acho que isso me fez ser uma pessoa mais feliz, porque sempre pude externar minha opinião sem medo do impacto que ela poderia causar...

Enfim, eu acredito apenas que ser autêntico e assumir sua personalidade nos torna respeitado, carismático, enérgico e feliz...

A vida é única, não sabemos o que nos espera... pra quê passar nosso tempo nos preocupando (e torturando) para parecer o que não somos só para sermos aceito por esse povo medíocre que não sabe a última vez que falou Te Amo para os pais, mas sabe da vida de todas as celebridades (nos mínimos detalhes)?

Antes de terminar o texto, gostaria de avisar que para ser autêntico, antes de tudo, tem que ser bem resolvido. Tem que saber o que quer, como quer, o que gosta... são os princípios básicos para poder encarar o mundinho da maneira que lhe convir. E claro, exercer sempre o bom senso ;)

É isso, para mim ser autêntico = ser feliz. E meus filhos terão todo o direito do mundo de tocar violino ;)

P.s: para que não haja hiprocrisia, o uso da chapinha, do botox e vestir 38, não significa que você seja fútil, desde que faça isso simplesmente porque gosta e não porque os outros gostam. Eu, particularmente, adoro uma escova, um carbox na olheira e as frescuras do universo feminino, mas faço isso porque me sinto bem, e não porque meu cabelereiro queira me transformar numa pop star.

Assim eu penso, e essa sou eu.

VMLS

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